terça-feira, 18 de maio de 2010

O dengo do Papai


Há dias estou tentando postar alguma coisa, mas o dia anda mesmo curto.
Hoje, mesmo com o corre-corre, resolvi postar assim mesmo por um motivo muito especial que estou martelando na cabeça há algum tempo.
Dessa vez vamos falar dos papais. Coloquei no plural, porque quero lembrar do meu pai e do pai da minha filha, meu maridão.
Tenho um papai muito especial, que eu sempre fui bem ligada a ele, tanto que depois da separação eu decidi ir contra a tendência natural que é filho ficar com a mãe. Escolhi o pai.
Não me arrependo, mesmo tendo perdido a convivência preciosa com a minha mãe, porque minha personalidade é bem definida por tudo que ele me ensinou juntamente com meus avós. Na verdade, todos dizem que sou igual a ele.
Acho também que eu não conseguiria resistir à ausência dele, porque sempre ficamos muito juntos. Íamos à praia, ele me ensinava a andar de bicicleta. Enfim, eu era a princesinha do papai.
Meu pai sempre foi cuidadoso, não tinha e não tem (porque tenho minha irmãzinha Laura agora) medo de cuidar dos filhos.
Dá banho, trocava fraldas, canta, conta histórias, faz dever, acompanha de pertinho na escola e faz questão de boas notas. Isso ele não abre mão.
Com isso, claro que sempre esperei do marido algum cuidado parecido com a Duda.
No início ele ainda ficou meio perdido e nas madrugadas sempre fui mais exigida pela minha pequena, mas ainda assim ele estava por perto.
Na hora da cólica, meu Deus! Eu sempre fiquei desesperada com os gritos dela e ele tentando resolver da melhor maneira, tentando me acalmar... Coitada da Duda com os balanços dele tentando acalentar no colo... Rs
Hoje, para ser sincera, mamãe não dá tanta atenção a ela de madrugada. O papai é o responsável por isso.
Quando Mariazinha (jeito carinhoso que ele a chama) acorda, papai levanta logo e coloca no ombro largo ou no peito para dormir. E pensa que ela rejeita como antigamente? Dorme tranquilamente...
Alguém pode estar pensando: mas ela não sente ciúme disso? Não...
Fico muito feliz em ver que minha filha está se acostumando cada vez mais com o papai, porque isso me faz sentir que estamos mais unidos como família.
Às vezes fico babando durante a madrugada, vendo aquela cena linda dos dois juntos, o gemidinho de dengo dela nos braços do papai, e fico imaginando o sentimento exatamente como eu sempre tive pelo meu pai. Acho que é mesmo se sentindo protegida.
Minha bebê não está me trocando por ele, ela apenas tem um chamego diferente, além do meu, para aproveitar diariamente.
E isso, não tem preço!!!
Só falta agora meu maridão perder o medo de trocar as fraldas e dar banho para ficar completo... Rs

domingo, 9 de maio de 2010

Antes de ser mãe


Li esse texto através da minha prima Letícia, mãe da Larinha, e achei que ele expressa um pouco do que acontece com uma mãe de primeira viagem.
Apesar de achar que Dia das Mães é todo dia, exatamente pelas razões expressas no texto abaixo, vou aproveitar a data criada muito mais para o comércio, mas que acabamos incluindo na nossa vida, para dar os parabéns a todas as mães.
Queria eu dar esses parabéns a minha avó-mãe, como no ano passado quando ela fez questão de estar comigo nessa data, mas as circunstâncias são essas e estou feliz em saber que hoje é o meu primeiro ano com a minha filha.
Hoje dou feliz Dia das Mães a outras mães da minha vida: minha própria mãe, minhas tias, minha primas, minha madrasta-amiga (prefiro chama-la assim, porque acho madrasta um nome meio estranho e pesado para dar a alguém que a gente gosta), minha cunhada Karimi, minhas grandes amigas, em especial Adriana Menezes que acaba de ter o Davi, Fabiene linda com o Caio na coluna Zig Zag (fina Rs) e a Eliana que está carregando a Sofia em seu ventre.
Beijos a todas e aí vai o texto.

Antes de ser mãe

Silvia Schmidt

Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas, tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe eu dormia o quanto queria, nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes.
Antes de ser mãe eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos e nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe eu não me preocupava se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas então, eram coisas em que eu não pensava.
Antes de ser mãe ninguém vomitou e nem fez xixi em mim, nem me beliscou sem nenhum cuidado com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente, meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos. Eudormia a noite toda.
Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança chorando para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Nem fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar quando não pude estancar uma dor.
Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse mudar tanto a minha vida e que pudesse amar alguém tanto assim.
E não sabia que eu adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança.
E não imaginava que algo tão pequenino pudesse fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe eu nunca me levantei a noite toda, a cada 10 minutos, para me certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor, a dor e a satisfação de ser uma mãe.
Eu não sabia que era capaz de ter sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada Deus por eu ser agora um alguém tão frágil e tão forte ao mesmo tempo.
Obrigada meu Deus por permitir-me ser Mãe!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Me dá meu peitinho, mamãe!!!




Bem, como estamos na semana do Dia das Mães vamos falar dos dilemas de ser mãe. Eu passei por muitos deles. Foram incontáveis!
Mas nenhum me deixa mais intrigada quanto a amamentação.
A questão do vínculo que se cria com o bebê por conta do peitinho é real. Eu e Duda somos ligadíssimas e por ela ficaria mamando o tempo inteiro. Exatamente essa maneira dela se comportar me estressa em alguns momentos, porque ela não tem limites e hoje já não quer mamar deitada, mama um pouquinho, me deixa com o peito de fora (rs) e vai olhar alguma outra coisa que interessa. Dois segundos se passam e ela volta de novo querendo o peitinho. Faz uma guerra comigo se eu digo que não vou dar.
No início a pediatra dizia que chupeta de criança é peito e eu segui a risca o que ela disse. Minha filha não chupa chupeta e sempre que pedia eu dava o peitinho, mas acho que algumas regras precisavam ser estabelecidas e a minha falta de experiência me levou a fazer o contrário. Até mesmo a médica hoje cobra que eu imponha esses limites quando a Duda pedir o peito.
O bebê precisa mamar nos horários certos e em outros momentos que ele chorar, o peito não pode ser o escape.
Não fiz isso e hoje está sendo difícil impor regras para minha filha na amamentação. Ela entende que até quando cai no chão, porque agora está tentando andar com 9 meses, eu tenho que dar o peito como consolo.
Na igreja, se ela sente sono, acha que tenho que dar o peito. Esse momento tem sido mais fácil para controlar, porque não tenho aceitado a imposição dela e mamar só pode em casa.
Mas uma coisa eu tenho certeza, não quero deixar de amamentar agora, porque percebo que os médicos estão certos numa coisa: o leite materno é responsável por minha filha ser tão saudável e cheia de vida. É mesmo como se fosse uma vacina. E eu que pensava não poder amamentar por conta da mamoplastia, outro tabu que não pode existir.
Duda não é uma menina gorda, rechonchuda, mas está sempre um passo a frente das crianças da sua idade creio que muito por conta do aleitamento materno.
Então, amamentar é mesmo um ato de amor, mas, como tudo na vida, precisa ter equilíbrio, limites.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Muita saudade




Por conta de um comentário do maridão, hoje eu resolvi colocar de vez o blog em prática.
Perdi meu cartão de banco há alguns dias e fiquei culpando ele, dizendo que foi o último a usar o fatídico. Eu e minha memória...
Encontrei o bendito cartão no restaurante em frente ao trabalho, que não almoçava há mais de uma semana. Ainda bem que a moça do caixa é honesta e guardou para mim até hoje... Rs
Quando fui falar com o marido, a frase dele me fez sentir saudade: "Se sua avó estivesse viva eu ia à Vitória te devolver...".
Ele sempre brincava assim com ela, dizendo que ia me devolver quando eu o aborrecesse. Uma das vezes, inclusive, a vovó ficou brava e disse que era para ele me devolver mesmo, porque ela sentia muita falta de sua companheira.
Unir isso ao fato de que esse mês completa um ano que a vi pela última vez, um ano que ela se foi e que eu senti uma dor imensa pela falta dela, além de saber que não veria a minha filha, algo que ela tanto desejava, realmente me fez chorar.
Zoé (Zuzu como eu gostava de chama-la) era uma mulher extremamente especial. Inesquecível em todos os atos, principalmente os de mãe e avó prestimosa. Enquanto escrevo esse post não tenho como conter as lágrimas, porque sou chorona por natureza e porque o amor que sinto por essa avó é realmente difícil de explicar.
Talvez eu sinta que faltou algo a dizer ou a expressar enquanto ela vivia, sinto que os 84 anos bem vividos dela ainda foram pouco perto daquilo que eu almejava que passassemos juntas. Não sei...
Sei apenas que a saudade está cada dia maior, apesar de ter certeza que esse foi o momento que o Senhor escolheu e que, sem dúvida, foi o melhor para ela. E não posso deixar de dizer que não vai cessar fácil essa dorzinha que sinto lá no coração quando lembro que ela não está mais aqui para dar essas gargalhadas comigo e com o marido.

Pra começar...

Desde que Duda nasceu sinto vontade de fazer um blog para que seja uma fonte de informações, uma memória, que ela possa buscar quando crescer sobre tudo que passamos juntas e o quanto a amo.

Quando vi o "Saia Bordada", da minha amiga Eliana Teixeira, sendo repaginado para falar da Sofia, sua pequenina que está sendo gerada, comentei com ela sobre essa minha vontade e que achava que já era tarde para criar um para Duda.

Seu incentivo foi essencial para que eu desse esse pontapé inicial e colocasse em prática o meu blog (é até engraçado escrever assim. Rs). Como ela disse, não tem nada de tarde, porque posso contar o que passou e continuar contando o que vier a acontecer.

E (a emoção começa a tomar conta da bobona aqui) como enquanto estava grávida minha avó-mãe deixou de existir, quero aproveitar esse espaço também para mostrar o quanto fui amada por ela e contar também as experiências com a minha filha a partir do que aprendi com essa mãe que foi tão exemplar.

Além delas, também quero usar esse espaço para que seja um momento de escrever as coisas que sinto de verdade sobre os outros amores da minha vida: maridão, família, amigos. Um espaço também para aqueles que moram longe saberem o que está acontecendo no nosso dia a dia por aqui.

Enfim, nasce mais um blog e espero que vocês gostem.